quinta-feira, 26 de agosto de 2010

NA FAMÍLIA


O ambiente familiar em qualquer hipótese deveria ser sempre o lugar mais adequado para se viver. Infelizmente nem sempre é assim. Muitos filhos ao descobrirem a sua homossexualidade se desesperam e reúnem toda a sua coragem para “voar” para fora do ambiente doméstico e procurar independência e privacidade, que nem sempre encontram. Seria desejável que usassem essa mesma coragem para, permanecendo no lar, abrirem espaço para a compreensão e o amor fraternal, que suscitasse o respeito recíproco e a tolerância, necessários ao relacionamento comum entre pais, filhos, irmãos e todas as demais pessoas que ali habitarem. A Fé e uma religiosidade coerente tem papel primordial nessa hora. Ajudam na humildade e na resignação. Não há nada de errado em se ser humilde e resignado. O excesso dessas virtudes é que pode se confundir com humilhação, no sentido ruim da palavra. Felizes são as pessoas que possuem uma religiosidade inata. Essas conseguem pela fé em Deus e sua providência suportar com muito mais facilidade os reveses da vida. Quando se é diferente dos demais, é sempre de bom alvitre ter fé em Deus, na vida e principalmente em si mesmo. Confiar no bom senso, carinho e compreensão dos familiares também é bom. Mesmo quando tudo pareça conspirar contra a harmonia que se deseja, às vezes, o inesperado acontece para nossa felicidade. E se assim não for, nos resta a consciência tranqüila do dever cumprido, de haver tentado com honestidade esclarecer e suportar uma situação cuja realidade pode não ser agradável a ninguém, principalmente para o homossexual. De qualquer forma é preciso ter em mente, com a maior clareza possível, que ninguém mais do que o homossexual sofre com as conseqüências de sua orientação sexual que, repito,  não é opção. Além dos possíveis problemas de rejeição da família, sociedade, mercado de trabalho etc. ainda tem todos os problemas comuns nas relações amorosas como a rejeição, amor não correspondido, traição etc. agravados pelo fato de não poderem se expor nem expor sua relação, sob pretexto de chocarem os “normais” e serem agredidos. Ai daqueles, especialmente os homens, que tentarem sair por aí de mãos dadas com seu amor, passeando pelas ruas da cidade. As mulheres até são mais toleradas, mas os homens... Tentar um beijo então, em alguns lugares, ainda é caso para linchamento. Exceto em paradas GLBTS é claro.

Por tudo isso e muito mais:-

Pais, amem e respeitem seus filhos homossexuais como são e principalmente não interfiram em sua orientação querendo mudá-los porque eles próprios com  certeza já tentaram. E procurem por todos os meios levarem os demais familiares ao mesmo nível de tolerância e respeito para que a paz possa reinar no lar e a felicidade possa chegar para todos.
Filhos homossexuais procurem se ajustar à ponderação, agindo com humildade, respeito, abnegação e apurado senso de realidade, evitando chocar, agredir e ofender, afim de que possamos ter o necessário apreço que pleiteamos para vivermos.
As conseqüências sociais decorrentes de tal exemplo serão sem sombras de dúvidas as mais benéficas e todos nós iremos colher e saborear com justo orgulho os frutos doces e sazonados do amor fraternal que nós mesmos plantamos.

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